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A Viagem – RP Oficial (Os 100)

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Mensagem por The Reality Dom Nov 30, 2014 6:13 pm

Relembrando a primeira mensagem :

PRIMEIRO DE DEZEMBRO DE 2232
ARCA – ESTAÇÃO DA PRISÃO

PARTE I – A VIAGEM

As celas foram abertas. Não pelo motivo que seus prisioneiros acreditavam, mas por uma situação que ia muito além do conhecimento da maioria ali dentro. Sem responder perguntas, ou comentar sobre qualquer coisa os guardas que adentravam o pequeno cômodo da prisão arrastavam os delinquentes para o lado de fora, para o corredor iluminado que muitos não viam há muito tempo. Até mesmo alguns que viviam na solitária foram retirados de lá. Toda a cena, ao olhar dos jovens escoltados, parecia muito com uma execução em massa. E, de certo modo, era aquilo o que estava acontecendo.

Eles foram encaminhados por vários corredores, alguns que desconheciam a existência de, pararam de caminhar somente quando chegaram há uma enorme porta de metal. Em frente à ela o Chancellor emitia um sorriso convidativo junto com os outros membros do conselho.

Alguém grunhiu de forma abafada e pareceu se debater.  Esta era Kalista Cheng, uma das pessoas que passara muito tempo na solitária, e não apenas isso como também presa por uma camisa de força. Kalista ainda estava presa, amarrada em uma espécie de cadeira de rodas até os pés, com sua boca amordaçada por um objeto de metal que cobria seu queixo até seu nariz. O Chancellor a olhou por um segundo e o seu sorriso desapareceu, porém logo ele assumia a máscara de pessoa amigável novamente.

— Meu caros, vocês estão aqui com um propósito: você foram os escolhidos. — Ele disse como se aquilo fosse a coisa mais maravilhosa do mundo. — Vocês irão para a Terra com a missão de saber se ela é habitável novamente, para que nosso povo todo possa descer até lá; para que a raça humana possa, por fim, continuar no planeta em que começou, e não no espaço. O crime de vocês será perdoado e vocês serão reconhecidos como aqueles que salvaram a nossa espécie. — Os olhos do Chancellor pareceu pousar sobre determinadas pessoas, aqueles que atentaram contra sua vida e/ou contra a vida de pessoas de Phoenix. Seu olhar não mais tão amigável. — Até os mais hediondos crimes serão perdoados por mim. Há um mapa na nave o qual os levará até Mount Weather, uma instalação militar onde vocês poderão encontrar mantimentos. Isto é o mínimo que posso fazer, a sobrevivência de vocês na Terra, porém, está em suas próprias mãos.

Um guarda apertou um botão e o portão da nave se abriu.

Os guardas levaram todos os 100 para dentro do local, indicando onde estavam seus assentos e prendendo-os neles. Alguns dos guardas desejando boa sorte às crianças, outros apenas os ignorando como se nem ao menos estivessem ali. A última pessoa a ser colocada dentro da Exodus fora Kalista, ainda amarrada, só retiraram sua mordaça quando ela já estava presa ao banco. Depois que todos estavam acomodados, os guardas passaram em seus bancos prendendo em seus pulsos uma pulseira, e injetando com uma seringa em seus pescoços um líquido transparente, o qual eles não disseram a funcionalidade.

Os guardas se retiraram, o portão foi fechado com sons altos de engrenagens. Em telas de TV por toda parte o rosto do Chancellor surgiu. Um último sorriso.

May we meet again.

ADENDOS E DIRETRIZES:

Merely the sound of your voice made me believe that, that you were her just like the river disturbs my inner peace. Once I believed I could find just a trace of her beloved soul, once I believed she was all then she smothered my beliefs.



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Mensagem por Thea Winbledeaux Sex Dez 05, 2014 8:04 pm



we belong way down below
thea is at the earth with kalista and the expedition group. she wears t h i s and is nervous.

"mamãe passou açúcar em mim"

D
efinitivamente dois anos na solitária não faziam bem para as condições físicas de uma pessoa. Correr pela própria vida também não ajudava a melhorar a situação. Ser perseguida por uma criatura misteriosa da floresta mágica radioativa tornava tudo ainda pior. Cara, não me inscrevi nisso para morrer. Minhas pernas sempre fizeram um ótimo trabalho me carregando para lá e para cá, porém, agora que deviam realmente me salvar, começavam a falhar. Tentei controlar minha respiração da maneira como meu pai ensinou na época em que ainda nos exercitávamos juntos, mas não serviu para muita coisa. Estava tão focada em continuar indo para frente que mal notei quando Kalista parou.

What the fuck? Por que ela está encarando o chão? Caminhei até ela, curiosa.

Dois de vocês, vigiem minhas costas e me digam quando avistarem algo... Ou alguém. — Ao ouvir essa ordem, fiz um sinal de "sentido" militar e fui junto com outra pessoa para a retaguarda. Segurei a barra de metal retorcida trazida do acampamento com mais força, ficando a alguns passos de distância do meu companheiro. Observei atentamente o perímetro, focando no caminho que levava à origem desconhecida do som que nos assustou. Guardei a imagem da paisagem em minha mente, para que pudesse comparar os mínimos detalhes e perceber caso algo fora do comum aparecesse. E não demorou muito para isso acontecer.

O som começou a ficar mais alto, e uma sombra escura se fez presente ao longe. A coisa, seja lá o que fosse, estava vindo, e rápido — Kalista, está se aproximando  — Avisei a líder, minha voz firme escondendo o medo e o desespero. A oriental estava agachada perto do que parecia a entrada de um bunker, acenando para que entrássemos ali. Não pensei duas vezes, qualquer coisa era melhor do que ficar lá fora. Corri até lá e desci o buraco com pressa.

Quando a porta se fechou sobre nós, o ar ficou pesado imediatamente, trazendo consigo uma sensação de sufoco. Kalista estava falando sozinha, porém eu já não prestava mais atenção, a escuridão me dava nos nervos. Tateei à minha volta, até encontrar uma lanterna, que magicamente ainda funcionava. Iluminei o espaço apertado, ajudando os outros a encontrarem fósforos e, quando conseguimos enxergar ao nosso redor, começamos a procurar objetos úteis para nossa jornada.  

Comecei separando coisas que poderia precisar até chegar em Mount Weather: uma mochila de couro marrom jogada em um canto, a lanterna que tinha encontrado, um dos cobertores, uma garrafa térmica de 500 ml e um pacote de fósforos. Depois fui buscar algo para me defender da criatura lá fora, e qualquer outra ameaça. Enquanto vasculhava a cozinha, encontrei uma faca média usada, provavelmente, para cortar carne. Além disso, incrementei a barra de ferro que trazia comigo colando cacos de vridro de uma garrafa quebrada com o resto de um rolo de fita isolante.

É, dá pro gasto. Tomara. Terminada a busca, fui me juntar ao resto do pessoal e esperar que o som desaparecesse.

o o o

Saindo do bunker, recomeçamos a caminhada na direção das montanhas, eu e Graham à frente. Entrei no modo "banco de dados" novamente e passei a analisar nosso entorno. Tudo parecia igual, até certo ponto. Após alguns minutos, minha intuição começou a gritar. Parei de andar, olhando com maior cuidado. Algo não está certo. Primeiro o solo, os arbustos, as árvores... Ai meu Deus.  — Ei, quando a gente chegou aquela árvore estava daquele jeito? — Perguntei, apontando para uma mancha avermelhada em um dos troncos — Kalista? — Aguardei a reação do outro rastreador, apenas para confirmar que não estava louca, muito embora soubesse que não. Nunca errava quando o assunto era memória. — Esse sangue também não estava aqui. — Ele disse, e eu gelei.

Nem aquele braço.Ferrou.

Os grunhidos de um animal se fizeram ouvir, cada vez mais próximos. Agarrei a barra de ferro modificada e coloquei a faca de cozinha em um bolso fácil da mochila. Algo me dizia que a situação estava prestes a virar um caos. Logo, um enorme javali azul saiu de trás das árvores, seguido por uma criatura humanóide horrenda. Espera aí, esse é um humano. Como sobreviveu à radiação? A resposta parecia estar disposta diante de meus olhos, pois ele era completamente deformado e animalesco. Provavelmente sofreu algum tipo de mutação.

Três a três! — Gritou a oriental, sempre pronta para a ação.

Durante os primeiros segundos, não sabia o que fazer. Observei a ação frenética em um estado de choque, até receber o alerta do meu instinto de sobrevivência. Corri até o javali, junto com o outro rastreador, sendo movida pela adrenalina. Enquanto o garoto preparava sabe-se lá o que, fiz o que pediu e tentei distrair o animal. Corria até sua lateral, balançando o bastão improvisado para chamar sua atenção. — Ei, porquinho! Aqui! — Gritava, tentando ganhar tempo para Graham. Com toda força que tinha, tentei acertar o animal com minha barra de ferro, em qualquer ponto de seu tronco. Torcia para que o impacto em si causasse algum dano, ou, com sorte, algum corte, graças aos cacos de vidro.

Afastem-se! — Não pensei duas vezes, saí de perto do animal o mais rápido que pude. Seja lá qual fosse o plano do loiro, realmente desejava que desse certo.
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Mensagem por Gustave Lockhart Sex Dez 05, 2014 11:02 pm

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T H I N G S  W E ' L L  N E V E R  S E E  A G A I N
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Preso naquela cela, Gustave não tinha qualquer noção de tempo. Sabia que já havia se passado uma semana desde que fora preso, mas não podia afirmar com certeza que horas eram - não que isso fosse muito relevante no espaço, mas, ainda assim, aquela sensação muito incomodava o rapaz. Mais do que isso, preocupava-lhe não poder ficar de olho no irmão mais novo ou saber o que estava acontecendo com este. Tudo isso, entretanto, era culpa sua. Certo, haviam armado para ele, mas se tivesse suspeitado ou sido um pouco mais cauteloso, poderia estar vivendo normalmente. Agora, aquele ambiente frio, mal iluminado e solitário seriam a sua rotina diária, as únicas coisas que veria. - Que merda... - Sussurrou Gus.

Movendo-se de um lado para o outro, típico dele, o rapaz queria descobrir uma maneira de sair dali e fugir com seu irmão. Haviam, entretanto, dois problemas: escapar daquela cela era impossível e, mesmo que conseguisse, para onde fugiria? Não havia opção. Bufou impaciente, desejando de todo o coração dar o fora daquele lugar. A porta da cela, então, abriu-se e, atônito, limitou-se a franzir as sobrancelhas para o guarda que estava a sua frente. Estranhou porque não era horário de refeição, nem tampouco de troca de roupas. O homem foi direto, soltando um "Vem comigo, moleque". Ainda que não tenha gostado da forma como fora tratado, Gus não era burro, portanto ficou em silêncio afim de evitar um conflito com o oficial.

O guarda orientou Gustave, segurando-lhe o braço com firmeza, por corredores pelos quais o rapaz jamais havia visto ou se quer ouvido falar. A coisa toda estava muito estranha e Gus estava realmente assustado, ao ponto em que resolveu perguntar: - Para onde está me levando, senhor? - Mas o homem, ou não o ouviu, ou o ignorou. O jovem preferiu acreditar na primeira opção, pois não queria ficar mais nervoso do que já estava. Assim, continuou e, ao longo do percurso, começou a imaginar que coisas muito ruins lhe aconteceriam.

O homem o largou - e desapareceu logo em seguida - em um lugar repleto de pessoas, todas com aproximadamente a mesma idade que Gustave. Se isso por si só já não era estranho o suficiente, mais bizarro ainda foi notar que o Chanceler, maldito seja, e os conselheiros estavam ali presentes. Gus sentiu-se incapaz de desviar os olhos daquelas pessoas, porque se estavam ali algo grande estava para acontecer. Ao longe, pode ouvir um barulho - posteriormente descobriria que era uma garota meio pirada e presa à uma camisa de força -, mas a ignorou.

Mal o Chanceler começou a falar e Gustave já sentiu vontade de lhe dar um bom soco na face - mesmo que pudesse, não o faria, já que é pacifista. Contudo, o ódio que sentia ao homem somente cresceu conforme ele informava o motivo de todos estarem ali: estavam sendo enviados para a Terra. Para o rapaz, até onde sabia-se o planeta estava fodido e a chance de que fosse habitável novamente era mínima. Ou seja, estavam os condenando à execução, ainda que de forma diferente àquela que seria aplicada ali na arca. Gus tentou se controlar, mas não conseguiu, deixando algumas lágrimas caírem. Já havia sido igualmente difícil ser preso por uma semana e ficar longe do irmão na arca, mas agora queriam lhe mandar para um lugar ainda mais distante, em uma viagem mortífera e provavelmente sem volta. Se entrasse na nave muito provavelmente não voltaria a ver François e essa era a pior coisa que lhe poderiam ter feito.

Em sua mente, tudo que desejava era sair dali, mas fisicamente permaneceu estático. Estava ainda muito chocado, sem saber como reagir diante daquilo, de forma que quando o guarda precisou empurrá-lo várias vezes para que entrasse na nave e ocupasse um lugar. Já sentado, Gus deixou que o oficial prendesse uma estranha pulseira a sua mão, assim como não impedir de injetar um líquido estranho em seu pescoço. Respirando profundamente, encarou o vazio enquanto as portas eram fechadas e a nave partia.

Teria ficado preso em seu próprio mundo durante toda a viagem se os jovens ao seu redor não fizessem tanto barulho. As conversas de jovens assustados e de outros muito empolgados deixaram Gus de cara amarrada, deixando com que escapasse: - Idiotas... - Se ouviram? Não dava a mínima, só queria que se calassem - o que não o fizeram. Sem muito o que fazer, observou todos aqueles que estavam na mesma situação que ele, viu muitos rostos tensos, mas ninguém que lhe chamasse atenção, exceto uma pessoa. O garoto sentado longe parecia indiferente e foi naquele que Gustave resolveu prestar atenção, lhe acalmava perceber que pelo menos alguém não estava surtando com tudo aquilo. Além disso, era um cara bem bonito.

A nave pousou bruscamente, o que deixou Gus com a sensação de que aquela porra toda fora mal projetada e que os engenheiros da arca eram todos horríveis. Sem hesitar, retirou o cinto que lhe prendia à cadeira e levantou-se, juntando-se ao grupo de pessoas que se aglomeravam próximos à porta que estava a abrir-se. A luz forte do sol e o ar puro que penetraram o local deixaram o rapaz um pouco tonto, visto que seu corpo não estava adaptado a isso e aquela era uma reação natural. Colocou a mão sobre o rosto antes de sair da nave e ouvir algum babaca gritar "We're back, bitcheeeees!".

A mesma pessoa que gritou, por sinal, foi aquela que falou em seguida. Fez sua voar soar mais alta que a das pessoas empolgadas com a Terra - Gus só estava satisfeito por estar vivo - e começou a discursar. O falatória resumiu-se a sugestão de enviar um grupo até Mount Weather, fazendo isso não pelo Chanceler e seus conselheiros, mas por si mesmos, afinal de contas a sobrevivência naquele ambiente desconhecido eram da responsabilidade deles.

O autointitulado líder dispensou a multidão, deixando que esta rapidamente se dispersasse.  Algumas pessoas voltaram para a nave, outros foram à exploração recomendada pelo rapaz e outros foram explorar por conta própria e isoladamente, algo insensato e perigoso. Gus, entretanto, ficou aonde estava, observando com atenção o ambiente que lhe cercava: uma mata tropical e somente isso, não importando em que direção olhasse. Acostumado às modernidades de Arcadia, tudo aquilo pareceu-lhe extremamente sem graça, então, decidiu retornar ao interior da Exodus.

Uma vez lá, foi até o lugar onde antes estivera sentado e começou a vasculhar o baú que haviam abaixo do assento. Haviam muitas roupas ali e, além disso, sua black list - sabe-se lá o motivo daquilo estar ali -, uma bússola antiga, o mapa dos Estados Unidos - como era chamado o local onde pousaram - e um caderninho informativo sobre animais e vegetação. Guardou a black list no bolso de trás de sua calça e a bússola em um dos bolsos da jaqueta - ambos objetos pessoais e importantes, aos quais precisava carregar consigo. O resto, deixou onde estava.

Quando levantou-se, viu que haviam poucas pessoas no interior da nave, algo compreensível, já que a maioria parecia gostar de seguir a ditadura dos hormônios da curiosidade. Dentre os que ainda estavam ali, o garoto bonito ao qual observara durante o voo estava remexendo em seu baú. Sorrindo discretamente, Gus passou a observá-lo. Após algum tempo, tornou-se meio óbvio o que estava fazendo, de forma que, quando o outro rapaz parou o que estava fazendo e virou-sem sua direção, a única coisa que fez foi olhar em outra direção e corar muito. Um belíssimo começo, não?
 

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Mensagem por Mats Ästelo Sáb Dez 06, 2014 5:56 am


não se desespere!, se eu desaparecer

a gente tem que dar um tempo, deixar tudo em seu tempo



    † P1;
    † Chancellor, Nathan Winterfield, Kalista Cheng, The 100;

DEZEMBRO, 1.
Toc, ecoou uma batida na porta. Alguém, do lado de fora, disse acorda, mas o tom parecia distante; haviam coisas mais interessantes em que se prestar atenção. Chaves tilintaram na mão do guarda enquanto ele buscava pela certa para abrir a cela. Passos, alguns pesados e outros mais arrastados, também foram ouvidos pelo garoto, assim como comentários e reclamações. Os timbres variavam do infantil ao adulto. Uma sequência de interrupções da réstia de luz que chegava ao recinto por baixo do portão que dividia o jovem da liberdade, o que confirmava o fato dos passos. Algo acontecia, e parecia ser grande, envolvendo uma boa parte dos presos.

Mats concluíra tudo isso antes da porta ser aberta.

O ensaio para a liberdade só não fora completo porque lhe prenderam as mãos. As algemas pareciam um pouco frouxas, desleixadamente colocadas, como se não fosse necessário um cuidado excessivo.

Então, ele erguera a cabeça. Numa procissão lúgubre, jovens - com menos de 18 ou já teriam sido mortos - seguiam para um único destino. À frente de uma imponente parede de metal, encontrava-se o Chancellor, que sorria de forma falsa, mas quase convincente, não fosse o seu esforço em parecer o mais natural possível.

Na verdade, Ästelo não estava muito impressionado.

Boatos sobre o Projeto 100, como apelidaram, corriam soltos pela prisão. Rolavam intrigas de que era apenas uma forma de se livrarem de problemas, que tinha um fundo real de esperança em voltar. Ele tentou não se preocupar muito com isso, somente desviando sua atenção para os outros, a medida que o discurso prosseguia. Naqueles poucos minutos, decorara mais rostos do que o considerado saudável.

Um dos guardas se moveu e retirou um controle do bolso, abrindo a tal "parede", que se revelou uma rampa para o interior de uma nave.

Delicadamente empurrado, Mats seguiu para o seu interior.

Lá, fora colocado numa cadeira que trazia seu nome completo no descansa-braço direito. Outras informações também eram contidas ali, as quais ele não sentia necessidade de dividir com muitas pessoas e, portanto, apoiou sua mão no local. Logo que o soltaram, afixaram uma pulseira em si. Mats mexeu sutilmente os pés e percebeu que havia algum tipo de saco abaixo de sua poltrona, mas não fizera nenhum movimento brusco momentaneamente.

Por fim, pediram para que ele inclinasse o pescoço e, ali, aplicaram algum líquido de origem duvidosa com uma seringa, sem mais explicar. Ele decidira não questionar nada, apenas anotando mentalmente todas as informações que pudera.

A Terra, o jovem pensou, inspirando fundo.

Inspirando e espirando.

Inspirando e espirando. Até que a nave começou a descer.

Mudando seu olhar do foco dos jovens, mirou o chão e puxou a sacola mencionada anteriormente com a ponta do pé, a chutando para seu colo. Abriu-a e encontrou alguns brinquedos: pertences, fossem íntimos, fossem antigos, fossem novos; eram seus.

Quando houve o pouso, Mats desafivelou o cinto de segurança e já começou a coletar informações através dos sentidos: lá atrás, havia uma garota amordaçada; alguém fedia a cheiro de gato molhado; um jovem tomou a iniciativa; uma menina gritou, extasiada.

As coisas basearam-se nisso - escutar, observar, cheirar, sentir - até que um garoto ergueu-se acima de todos, falando à multidão e, consequentemente, tomando para si o cargo de líder do esquadrão composto por cem adolescentes. E viva a democracia, sussurrou Mats.

Ainda ouvindo o garoto, prestou mais atenção ao planeta em que estava: a Terra. Se ela era uma lenda, bem, voltara à vida das cinzas, como uma fênix, outra lenda. Assim sendo, ele focou-se nas sensações transmitidas pela natureza: farejou perigo e terra; ouviu alguns murmúrios incomodados com a situação; do chão, levantava-se uma poeira rala, devido provavelmente à aterrissagem da Exodus.

Aquilo, contudo, não era o suficiente para apagar certas marcas, como a feita num pedaço de lama seca, que Mats arregalou os olhos antes de começar a analisar. Com certeza, era uma pata de algum animal, o que era exótico demais para quem vivera numa sociedade tão... artificial.

Controlando-se, terminou de ouvir o anúncio. Já com um livro que dizia respeito sobre o planeta, decidiu mal se candidatar à empreitada, apesar de possuir alguns dos requisitos necessários. Assim, ele ficou pelo local, no que se tornaria o Acampamento.

Meio egocêntrico, não ajudou ninguém de imediato. Ao que parecia, esqueceram-se dele por tempo o suficiente até que tivesse conseguido analisar a tal pata, descobrindo que deveria se tratar de algum porco ou javali. Pela profundidade, Mats arriscou, não deveria nem estar assim tão longe.

Ele se ergueu e buscou pelo "herói" que tomara atitude. Ao chegar perto, fitou-o nos olhos, testando seu controle de pensamento, até que a pequena batalha de olhares terminou em trégua.

— Há um porco selvagem — ele avisou, piscando — não muito distante. — E sumiu na multidão. Não era seu papel lutar ou caçar o animal, apenas descobrir que havia um animal, e isso ele conseguira.

Dessa forma, passou a ajudar na montagem efetiva do local. Quer dizer, não realmente montando, mas tomando cuidado para que nada passasse despercebido. Ali, ele explicava para um grupo de "soldados", jovens muito mais aptos para o trabalho braçal do que si, há um terreno fértil, então tentem inclui-lo no cercamento.

N'outra ocasião, impediu uma menina de se trocar em meio a arbustos que eram... estranhos, senão venenosos. Com contatos pequenos, de não mais do que cinco minutos, acabou por cruzar o caminho de mais gente, decorando rostos, captando informações, nomes; tudo o que, talvez, lhe fosse útil. Claro, sempre revelando o mínimo possível, ou até mentindo de forma "branca".

E, dessa forma, ele ia "ajudando" em prol dos cem.

Ou melhor, em prol de si mesmo.

Um por todos, e todos por mim.

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Mensagem por Fred K. Morssen Sáb Dez 06, 2014 1:40 pm

DOGS AND BITCHES

NOTES

QUERO MEU TANG
Mats, como o meu personagem é caçador e tu colocou lá um porco selvagem, eu próprio coloquei o Fred atrás do porco. Não sei se podia ou não. Qualquer coisa, eu edito. c:


Passou um ano, e mesmo assim ainda me levanto. As portas abrem-se, e quase como um movimento involuntário eu faço continência aos guardas que entram de rompante. Eles não me temem, muito pelo contrário. Eu era um deles. Fui educado para que a minha conduta fosse excelente. Rígido, forte e com um olhar quase assassino. Era assim que um Guarda deveria ser, era assim como eu deveria ter sido. O meu coração acelerou quando os soldados da Guarda agarram nos meus braços e levaram-me para fora da cela.  - Eu ainda não tenho dezoito anos, deve haver algum engano. A base de dados... A base de dados deve estar errada. - Mas a única resposta era o silêncio daqueles que me transportavam. Eu podia implorar, mas não o fiz. Ia juntar-me ao meu pai e à minha mãe. Eu nasci no espaço, é no espaço que devo morrer.

Contudo não havia engano algum.

O Chanceler encontrava-se no mesmo piso que nós, a falar-nos. Dizia termos sido escolhidos. Ninguém no seu prefeito juízo confiava o futuro a um bando de adolescentes. Não era seguro. Muito menos a criminosos. Eu não ia ter com a minha mãe, nem com o meu pai. Eu ia para a Terra.

História. Uma matéria tão importante como a matemática e a ciência. História desenvolve o ser humano para que ele não faça certas coisas que fez no passado, que se arrependa dos seus feitos. Também ensina a progredir porque se algo que aconteceu antes foi bem sucedido, então será bem sucedido se o ser humano fizer num futuro próximo; pode até mesmo acontecer que o feito possa ser até melhorado. O planeta Terra foi destruído, pelo que disse o meu pai. Os soldados lutaram com bravura, mas a fúria daqueles que comandavam acabou por destruir qualquer espécie de vida que habitava o planeta azul. A frota marinha dos U.S.A estava nas mãos do meu avó. Os barcos eram fortes, avançados, e mesmo assim não pareciam ter resistido a um bombardeamento aéreo em pleno alto mar. Foi assim que o Almirante Morssen morreu em batalha. Apanhado de surpresa, supostamente em segurança.
Mas no espaço não havia barcos, então o poder militar concentrou-se numa força segura de paz: os Guardas. A minha família continuou a fazer aquilo que fazia: treinar crianças para serem soldados. Mas o treino é ilegal. O treino é um acto de violência, punível com morte. É por esse treino que me encontro nesta situação. É por esses treinos que vivo com criminosos; é por esse treino que irei para o planeta Terra, que levarei quem o destruiu de volta ao seu campo de batalha.

A nave é pequena, o espaço entre nós não é o melhor. O meu corpo está preso, a seringa penetra na pele, a pulseira estava presa ao pulso e sou lançado, juntamente com noventa e nove criminosos, para um planeta com radiação.

Estava assustado. Porque não estaria? A turbulência criava abanões, estrondos e o perigo. Ao entrar-mos na atmosfera, ouve um ruído geral. E depois veio a aterragem. O silêncio e a esperança que houvesse qualquer coisa lá fora que pudesse ser considerado segura. Era inevitável pensar que iria morrer. Solto-me do cinto, e agarro nos pertences de baixo de cada banco. A pulseira apertava-me e o metal frio rugia para o pulso. Odiava aquelas coisas; respirei fundo. O único ar que sempre possui era condimentado, no espaço. Tinha a oportunidade de respirar ar puro pela primeira vez na vida.

As portas abrem-se, uma enorme luz vagueia pelo local. Fechei e abri os olhos várias vezes. O sol era tão potente, que chegava a ferir-me os olhos. O ar puro rompeu-me pelos pulmões. Os gritos de alegria e de satisfação percorreram o local. Árvores, como eu nunca tinha visto. Altas, com plantas verdes numa vegetação incrível. Era simplesmente um paraíso.

A missão era a chegada a Mount Weather; teríamos suprimentos. Se fossem bem geridos, havia hipóteses de sobrevivência. Começamos a sair da pequena nave até ao exterior, observando o local com impaciência. Era inevitável. Até que alguém começou a falar. A forma como falava mostrava não ser um simples criminoso. Havia algo que o fazia líder. E bem, ele tinha razão em muitas coisas. Além disso, a garota que o acompanhava parecia pronta para tudo, até mesmo para arranjar confusão. Eu mantinha-me atrás da confusão, mas conseguia vê-la, e aos seus movimentos. Pergunto-me onde ela aprendeu aquilo. Ela teria sido presa por ter tido treinos ilegais, assim como eu? Pouco me parecia. Ela tinha estado amarrada até ao pescoço. Era mais perigosa do que isso. Seis pessoas foram escolhidas voluntariamente para ir a Mount Weather. Não confiava a vida a criminosos; não iria, nem arrastado. Não os conhecia. Acabava de me aperceber que viva o verdadeiro pesadelo.

Aqueles que tinham ficado, iniciavam a montagem de um acampamento. Construíam uma muralha com aquilo que encontravam. Eu não confiava neles, e como Kalisa - a garota que manja dos paranué - tinha dito, ninguém sabia se havia animais por perto. Fiz tal e qual como ela, comecei à procura de algo que pudesse usar para me defender. Era algo importante, o suficiente para ferir alguém que pusesse a integridade física em perigo. Pelo menos, a minha integridade. Assim como a garota, agarrei num pedaço de metal pontiagudo e um tanto fino, afiado numa das pontas, que poderia servir como lança. Não era uma arma, muito menos um arco. Mas poderia servir.

Mesmo não confiando nos noventa e nove criminosos, teria que sobreviver. E só podemos sobreviver se tivermos mantimentos, e não sabemos se os seis adolescentes que foram na expedição irão, verdadeiramente, conseguir chegar ao local e retornar. Fora então que um garoto, Mats, surgiu com uma informação peculiar. Ninguém sabia se ainda havia animais na Terra, no entanto, o rapaz havia conseguido rastrear um porco selvagem, não muito longe dali. Fiquei, até, surpreendido. Apesar da arrogância do rapaz em desaparecer, tinha feito o seu trabalho. Pelo menos, dez ou quinze de nós não passaríamos fome naquela noite. Segui o rasto que o rapaz tinha indicado. Era perigoso, apesar de não ser muito longe. Ainda conseguia ouvi-los a montarem a cerca. "Relembra-te do que te foi ensinado", pensei. Só tinha que desaparecer. Não ser encontrado pelos ouvidos da presa. Furtivo, diminui a velocidade dos passos. Segurei o pedaço de metal firmemente e respirei fundo.

Há dias em que seria melhor não acordar.
 
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A Viagem – RP Oficial (Os 100) - Página 2 Empty Re: A Viagem – RP Oficial (Os 100)

Mensagem por Lukas Allen Sáb Dez 06, 2014 8:15 pm


The Unexpected ❖
Can I please come down? 'Cause I'm tired of drifting round and round.



{UM} Bunker

Correram e correram, mas os passos não paravam de segui-los. Kalista parou de correr e só depois de mais algumas passadas que Allen percebera tal fato. Junto com os outros, ele retornou ao local onde a garota havia ficado.

Kalista deu a ordem para que vigiassem suas costas, então se virou para Allen e disse para que ele marcasse no mapa o trajeto que haviam feito até então — de Exodus até o local em que estavam. Allen pegou algumas folhinhas e esfregou no canto do mapa, testando se servia como caneta/lápis.

Antes de mais nada, Allen riscou as coordenadas do acampamento no mapa, circulando em seguida o ponto que representava Exodus. Depois olhou a bússola novamente, fez alguns cálculos mentais e circulou o local marcando o ponto em que estavam — anotando também as coordenadas. Para finalizar, traçou uma linha entre Exodus e aquele local da floresta.

Allen guardou o mapa e a bússola nos bolsos, fazendo uma nota mental que devolveria o primeiro item a Cheng assim que ela terminasse de fazer fosse o que estivesse fazendo.

Kalista havia descoberto uma espécie de bunker, no qual Allen teve que entrar rapidamente assim que ouviram o som dos passos de antes se aproximar de onde estavam. Ficaram quietos, dentro do local abafado, até que Cheng sussurrou uma dedução sobre que animal foram o autor dos passos.

Allen voltou a atenção para o interior do bunker e o que havia nele. Pegou uma mochila surrada e velha, e colocou alguns itens que havia encontrado: um pequeno livro, três velas, fósforos e duas garrafas de bebida alcoólica que estava pela metade. Rasgou também uns dos lençóis, fazendo tiras, e os guardou na mochila. Caso alguém se corte, haverá como estancar o sangue, pensou o garoto. E, depois de colocar a mochila na costa, pegou um pedaço de ferro com ponta afiada.

O garoto estava pensando no que mais poderia pegar quando ouviu um som abafado. Ele olhou para os companheiros, perguntando silenciosamente se eles também tinham ouvido. Aparentemente, havia alguém falando fora do bunker, acima deles.

{DOIS} Danger


Depois de algum tempo de tensão, julgaram que estavam seguros e deixaram o bunker. Kalista já estava dando mais um comando quando foi interrompida por um rastreador. Allen sentiu os pelos de sua nuca eriçarem quando olhou para a árvore, o sangue e o braço que seus companheiros apontaram.

Conseguiu controlar a respiração com certo esforço, mas foi necessária uma grande força de vontade para que Allen não demonstrasse o quão apavorado estava. Ele não tinha ideia de como aquele braço havia parado ali, tampouco quem era o dono de tal membro, mas tinha a sensação de que as respostas não proviriam de uma boa fonte.

Allen segurou  firmemente a barra de ferro e o outro pedaço de ferro pontiagudo. Repentinamente um som surgiu, assustando o garoto, revelando em seguida um enorme javali de pelagem azulada. Allen ficou admirado e surpreso com o tamanho e cor do animal, e com as enormes presas que este tinha na boca. Mas o medo só veio quando outro ser apareceu. A segunda criatura, por incrível que fosse, era um homem, mas muito diferente daqueles outros humanos que estavam ali.

Allen mal teve tempo de especular sobre as criaturas e estas já partiram para o ataque. O garoto ouviu Cheng gritar um "TRÊS A TRÊS!" e não hesitou em ir com ela. Segurou firmemente os dois ferros, um em cada mão.

Ele não sabia o que fazer,  então prendeu o ferro pontiagudo na mochila e pegou uma das garrafas que estava ali dentro.

— EI, ESTRANHO! — gritou Allen, tentando chamar a atenção do homem.

Estava a uma distância relativamente próxima do homem, então, como distração, tirou a tampa da garrafa e a jogou na direção do inimigo. Mesmo que a garrafa não acertasse diretamente, tinha a chance do líquido acertar. Fosse como fosse, ele só queria dar uma oportunidade para Cheng se aproximar do cara.

Allen pegou novamente a outra barra de ferro e se preparou para caso fosse necessário entrar no combate físico. Não havia brigado muitas vezes, era verdade, mas conhecia alguns truques.

post: 03 humor: tenso/surpreso companion: equipe de busca

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A Viagem – RP Oficial (Os 100) - Página 2 Empty Re: A Viagem – RP Oficial (Os 100)

Mensagem por Nathan Winterfield Sáb Dez 06, 2014 9:41 pm


I am going to
the earth
And if you close your eyes does it almost feel like you've been here before?




(UM)

Eu estava concentrado, separando algumas barras de ferro para utilizar na construção da cerca, quando uma garota se aproximou e me perguntou se eu estava precisando de ajuda. Fiz uma rápida lista mental de tudo o que eu estava precisando, mas talvez ela estivesse ali apenas para ser gentil ou puxar conversa.

— Hey, hey — falei, com um sorriso gentil nos lábios. Aproximei-me dela e a beijei no rosto, cumprimentando-a. — Sou o Nathan, e você é...?

Esperei que a garota respondesse e depois fiz um gesto para que ela esperasse um segundo. Abaixei-me e peguei cinco barras de metal, empilhando-as nos meus braços. Uma ficou no chão.

— Você pode pegar essa barra no chão e colocá-la sobre essas que estão em meus braços, por favor? — pedi, educadamente. Assim que ela fez o que eu pedi, fiz um gesto com a cabeça para que ela me acompanhasse.

Andamos até o local onde a cerca estava começando a ser construída e depositei as barras metálicas no chão. Um garoto que eu não conhecia falou que estava precisando de alguns cabos de aço, então olhei para a garota e sorri.

— Você poderia voltar até a nave para pegar aqueles cabos de aço que estão perto de onde essas barras estavam? Depois, quando estivermos protegidos, terei prazer em conversar com você. — Falei com seriedade e um sorriso caloroso.

A garota atendeu mais uma vez ao meu pedido e voltei minha atenção para os outros jovens que estavam trabalhando. Por todo lado havia gente carregando e cortando madeira, dando laços em cordas, recolhendo pedras grandes e pegando algumas peças da Exodus que não seriam mais úteis. Em meio a tudo isso, vi alguns jovens arrastarem um pedaço enorme de ferro.

— Muito bem, rapazes! — falei, sorrindo. — Deixem ali — apontei para o local onde seria o portal, porque aquele enorme pedaço de ferro realmente calharia como um. — Obrigado pela ajuda, valerá a pena!

●●●

De volta à Exodus, à procura de mais materiais, encontrei Alex com uma garota. Cheguei a tempo de ouvir o garoto comentar sobre a pulseira metálica que a moça — a mesma que tinha o mapa de Mount Weather — havia tirado do pulso. Se ela não se preocupou em tirar isso, ela deve saber algo sobre.

— Não que você tenha perguntado ou algo assim, mas eu concordo com o Alex — falei, me aproximando. — Não desejo coisas boas para o Chancellor, mas ele não vive sozinho na Arca. Se vivesse, pode ter certeza que eu faria o mesmo que você. — Dei uma pausa, dando de ombros. — Mas é uma escolha sua. Você deve saber algo, já que não temeu tirar a pulseira. Eu não tirei a minha pensando que poderia haver algum veneno letal ou uma bomba — abri um grande sorriso para não deixar claro se o que eu disse era verdade ou não.

●●●

Voltei ao local de construção e fui abordado por um rapaz que eu não conhecia. Ele me fitou, mantendo contato visual — ao qual correspondi sem hesitar e sem desviar os olhos.

— Há um porco selvagem — falou o garoto, piscando — não muito distante.

E se afastou tão rápido quando se aproximou. Meus pensamentos se voltaram para Kalista e a equipe de busca. Será que eles estava bem? Será que corriam perigo? O rapaz falou sobre um porco, então pode haver outros animais na floresta. Balancei a cabeça, sutilmente, como se tal ato fosse afastar os pensamentos. Eu não poderia me distrair com possibilidade, tinha que focar no que eu estava fazendo. Kalista e os outros jovens retornariam e encontraria o acampamento já levantado, com cercas e muro erguidos.

(DOIS)

Praticamente 50% da cerca e do muro já estavam erguidos. Graças ao trabalho de todos, em breve teríamos proteção no acampamento. Olhei em volta, admirando o que já estava feito e sorri. A equipe de busca retornaria em breve e acharia um local seguro.

Eu estava distraído, listando algumas atividades que deveria fazer quando ouvi um rugido alto. Virei-me a tempo de ver um enorme felino com seis patas, pequenos chifres — como se fossem uma deformação do crânio —, pelos avermelhados e grandes presas (caninos) superiores.  

— Parece uma Puma! — alguém exclamou. — Mas está diferente das figuras.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, o animal saltou sobre um jovem que estava fincando barras de ferro no chão e o mordeu no pescoço, dilacerando a garganta do garoto. Precisei de muito autocontrole para não demonstrar o medo que eu senti.

— ATENÇÃO! ESTAMOS SENDO ATACADOS! PROCUREM ALGO PARA SE DEFENDER! — gritei o mais alto que pude.

Vi os jovens correndo por todos os lados, procurando vidro, pedra, madeira e ferro para caçar a criatura. Eu mesmo peguei o metal pontiagudo que estava mais perto, que serviria como uma boa lança. Catei também algumas pedras e fui na direção da Puma.

Atirei as pedras contra o grande felino enquanto me aproximava. Havia alguns jovens no meu encalço. Meu plano era ser a distração para que eles tivessem a chance de matar o animal.

— AQUI, AQUI, AQUI — gritei para o animal, agitando a lança.

A Puma veio na minha direção e eu saltei para o lado, bem a tempo de não ser atingido por suas enormes garras. Vi um dos garotos baterem na criatura com uma barra de ferro.

— Vou correr alguns metros, o animal vai me seguir e sejam rápidos! — falei para os garotos que estavam próximos.

Gritei novamente, chamando a atenção do felino para que ele ficasse de costa para os outros jovens e comecei a correr.

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A Viagem – RP Oficial (Os 100) - Página 2 Empty Re: A Viagem – RP Oficial (Os 100)

Mensagem por Eileen Clyte Dom Dez 07, 2014 8:59 pm

don't you worry if I disappear
Eileen não correra muito, mas estava cansada. Já. Sabia que não deveria falar nada, então ignorou o fato, como se não fosse um problema, fingindo que não possuía sua respiração levemente descompassada enquanto eles tentavam fugir do barulho desconhecido. Estava estressada, também. E suando. Por que ninguém a tinha avisado que a terra seria tão quente?

Kalista continuava dando ordens, e a morena as obedecia. Quando mandou que alguém vigiasse suas costas, ela e Thea se apresentaram para o serviço, mas não se sentiu bem o suficiente para tentar conversar com a outra. Decidiu que precisava manter suas energias, e não gastá-las. Salvar seu fôlego para mais tarde, se é que isso fazia sentido. E é claro, ainda tentava ter certeza de que aquela era a Theodora que ela conhecia, e não uma sósia que por coincidência tinha o mesmo nome que sua amiga de infância.

Clyte começava a se arrepender de ter ido. Não entendia direito o que acontecia, nem o que a oriental fazia, e só o que sabia é que havia algo na floresta, algo se aproximando... Uma mancha verde amarronzada... A garota franziu o cenho, e olhou para a menina ao seu lado, desejando que dissesse algo. Então, mesmo provavelmente não percebendo o olhar de Leen, Theodora se pronunciou, avisando a líder. E antes que a mais nova entendesse direito o que acontecia, Kalista mandava todos entrarem dentro de o que quer que fosse aquele lugar que ela fazia descoberto. E ela o fez.


§



Era um bunker. Um bunker de habitação, segundo a líder do grupo. O ar era ruim. A iluminação era precária. Ah, e havia um cavalo cavalgando acima deles, aparentemente. Eileen sentia que ia desmoronar a qualquer momento, e se sentia fraca. Jogou seu galho no chão, tentando concentrar-se. Sempre fora assim: demasiado frágil, tentando ser um pouco mais do que era, sem nenhum sucesso.

Olhou para a pedra que carregava. Ela dissera para pegar armas, e Eileen ainda tentava entender o porquê. Quer dizer, se havia o cavalo, ótimo! Queria dizer que a Terra era habitável. O cavalo não ia matá-los nem nada. Era um animal! E Clyte estava desesperada para conhecer um animal de verdade, grande e majestoso do jeito que ela imaginava que seria o quadrúpede.

Mas decidiu que não sabia de nada. Decidiu que ela nunca entendia as coisas, e que então deveria pegar uma arma. Olhou um tempo em volta, ainda um pouco tonta pela mudança do ar, e viu que os outros já pegavam o que achavam interessante. Agarrou uma mochila, e nela pôs duas garrafas vazias: sabia que não aguentaria carregar as cheias. Desejou que eles encontrassem um lago com água potável o mais rápido possível.

Então, por fim, pegou uma faca de tamanho médio, não muito pesada ou difícil de carregar. E olhou para a pedra que ainda segurava, uma pedra boa, leve o suficiente para ser jogada em alguém e pesada o suficiente para causar algum dano. Fez então o que havia aprendido em seus anos na cadeia, ouvindo histórias levemente brutais demais para sua mente inocente: pegou uma corda e amarrou a ponta da mesma na pedra, fazendo assim uma arma com a qual poderia atirar o objeto repetidas vezes sem perdê-lo.

Era uma arma precária, ela sabia, mas era a única coisa com a qual se sentia confortável. Todo o resto era muito pesado ou muito grande. Enrolou o início da corda em seu pulso, e pegou fósforos e uma vela, por precaução, e decidiu que sua mochila estava cheia o suficiente, logo a tempo de ouvir  o mesmo que o resto do grupo ouvia: alguém pulando do cavalo, e andando. Bípede, desta vez, definitivamente.

O coração de Eileen saltou. Uma pessoa? E sua pergunta foi logo respondida, pois o que quer que fosse que estivesse em cima deles agora falava algo, e ela duvidada muito que os macacos haviam evoluído até este ponto em somente 100 anos. O que significava que eles não estavam sozinhos.


§



Após um tempo, todos eles saíram do Bunker, quando a líder decidiu que já deveriam estar um pouco mais seguros. Os "rastreadores", como alguém chamara, estavam indo na frente, e Eileen já tinha começado a relaxar quando ouviu a voz de Thea.

— Ei, quando a gente chegou aquela árvore estava daquele jeito?

— Esse sangue também não estava aqui.
— Um outro menino acrescentou.

Sangue? O coração da morena parou por um segundo. Ah, não... A garota olhou em volta, uma de suas única qualidades trabalhando, observando o ambiente estranho em questão de segundos. E não demorou para que ela achasse outra coisa que não tinha nada a ver com a cena, algo que não pertencia àquele lugar. Seu estômago se embrulhou, e sua voz saiu levemente embriagada.

— Nem aquele braço. — Eileen falou, por fim, sentindo sua respiração sair completamente do ritmo normal, seu peito subindo e descendo.

A adrenalina liberada em seu corpo deixando-a pronta para se defender, a adrenalina que sempre a dava aquela sensação horrível, transportando-a novamente para o dia em que fora para a prisão. Era exatamente o mesmo sentimento, o sentimento de auto-preservação que levaria a garota a matar para sobreviver, o sentimento que ela odiava.  

E então, o som que eles ouviram provou que o corpo da garota estava certo em se precaver. Um javali (era assim que se chamava?) de pelo menos 100 quilos apareceu logo atrás deles, sua pelagem azul e presas afiadas muito maiores do que Eileen jamais imaginara fazendo com que todos os jovens ficassem sem reação por um segundo. E nesse segundo, outro animal, um humanoide, surgia também. Lembrava uma pessoa, e vez a morena tremer.

— TRÊS A TRÊS! — Kalista gritou. E o corpo de Clyte, muito mais rápido que ela própria, respondeu instantaneamente.

Se estivesse pensando, teria ido com Thea, pois desejaria protegê-la, mas seu instinto pensava somente em si. Naquele momento, agia de outro jeito, a adrenalina tornando-a egoísta e estranhamente com um pensamento mais rápido do que o normal. Então, seu cérebro automaticamente localizou a mais forte do grupo, com mais chance de sobreviver (Kalista Cheng, obviamente) e logo a garota ia em direção ao humanoide também.

A menina segurou sua faca o mais forte que pôde, mas não se aproximou. Era arriscado demais. Não conseguiria fugir se precisasse, provavelmente (ela não era especialmente ágil) mas se tinha uma coisa que conseguia fazer era acertar um alvo. E com sua mente praticamente marcando a criatura com um X vermelho, e com o garoto que também seguira a oriental chamando a atenção do "homem", ela tinha uma oportunidade.

Enquanto Allen, ao seu lado, gritava algo e jogava a garrafa, Eileen afastou-se um pouco, andando na diagonal para sair do campo de visão do estranho. E então, desejando que ele não fosse muito perceptivo, ela enfiou a faca na calça (e cortou-se um pouco no processo), segurou a corda, que ainda estava enrolada por parte em seu pulso, com as duas mãos, e fez um movimento como o de um chicote em direção ao animal, usando a pedra amarrada na ponta da mesma como a arma.

E com todas as suas forças, desejou que o acertasse, e que Allen o fizesse também, ou que a oriental conseguisse defendê-los. Seu peito ofegava, e seus pés doíam, e caso a criatura se aproximasse, as chances dela se defender sozinha eram mínimas. Precisava manter sua distância, mas não era rápida o suficiente para isso. Sentia suas opções se esgotarem, e sua respiração acelerar, e cada músculo de seu corpo se tensionando.

Eu não quero morrer. Por favor, por favor, eu não quero morrer...
desculpa a demora sério amo vocês ç-ç (não revisei, então se estiver ruim, desculpa de novo)
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Mensagem por Kalista Cheng Seg Dez 08, 2014 1:14 am


I am your
reaper
I am the plague, the pain, the death. I am the one who will appear in your nightmares, baby.




( 六 )

No mesmo momento em que gritou os outros reagiram. Três correram até o javali, dois acompanharam Kalista. O bastão de ferro estava firme em sua mão direita, deitado horizontalmente com seu braço esticado para trás do seu corpo. O canivete, em sua mão esquerda ficava mais junto de seu corpo, como uma arma “escondida”.

Kalista atrasou seus passos quando viu os dois jovens ao seu lado correrem com objetos em mãos, objetos atiráveis, e não de confronto direto como os dela. O garoto do mapa, Lukas, lançou uma garrafa de álcool no rosto do reaper, o qual estava focado demais na pequena Cheng de olhos cruéis e notou muito tarde o objeto vir em sua direção. A garrafa bateu em sua cabeça, e em seguida a pedra de Eileen também. Obviamente foram apenas coisas que o fizeram parar e se irritar mais ainda.

O reaper reagiu mais rápido no segundo ataque. No momento em que a pedra o acertou ele agarrou a corda que estava sendo segurada pela outra menina. Em um movimento somente, o monstro disforme arrastou a garota pelo chão, lançando seu corpo para a direita. Ela soltou a corda tarde demais. No segundo seguinte ela estava jogada sobre uma moita. Não com machucados sérios, mas arranhões e futuros hematomas.

Kalista correu até o homem – se é que pode-se chamar assim – e atingiu-o com o bastão. Ele defendia com o braço como se seu braço fosse feito de metal. O braço não era, mas a placa que estava sobre suas vestes rasgadas e manchadas sim.

– Pegue a corda. – Ela gritou sobre o ombro para Lukas, em seguida atingindo o homem uma segunda vez na cabeça (segunda por ela, quarta no total).

Não é que ela não pudesse ter terminado aquilo antes, longe disso, ela apenas queria testar o monstro. Ela fora ensinada assim: quando fosse enfrentar um inimigo desconhecido deveria testar os limites do mesmo, ou ao menos suas capacidades. O bicho atacava-a também, mas a pequena era rápida demais para os reflexos lentos dele. Em determinado momento, quando um grito vindo de Jack ecoou ela resolveu terminar. Girou em um pulo desferindo um chute no rosto do homem, quando o rosto dele foi para o lado e seu pescoço ficou totalmente à mostra a garota cravou a faca do canivete ali, puxando-a para baixo de modo que um grande corte surgisse. Se ele não morresse pela dor – o que aparentemente não sentia, ou ignorava –, morreria com a hemorragia ou de tétano já que o objeto estava quase que completamente enferrujado.

Do outro lado os outros três enfrentavam um javali azul de longos chifres e enorme.

Thea aproximou-se primeiro. Atraindo a atenção do animal que parara de correr em direção à Jack para seguir o som da garota. O bicho avançou para cima dela, quando estava próximo de atingi-la a garota fora empurrada do caminho, ou melhor, jogada para o lado rolando pelo chão.

Jack havia parado o animal. Ele o segurava pelas duas enormes presas de marfim. Seu corpo sendo empurrado gradativamente para trás enquanto o animal avançava. Jack era um rapaz grande e corpulento, mas apesar disso não aguentaria por muito mais tempo.

Foi então que ele ouviu o aviso de Graham. Jack empurrou o javali para a direita enquanto jogava-se para a esquerda, e no mesmo segundo: Chuáaaaa! Um banho em fogo. O pano molhado em álcool acendera rapidamente e logo o fogo expandia-se dentro da garrafa, que ao quebrar-se e atingir o dorso do animal, o pôs em chamas.

O bicho ficou rodando de um lado para o outro em agonia. Kalista surgiu então. Um golpe, dois, três, quatro. Quatro golpes na cabeça do animal e ele caía no chão em chamas, os olhos revirados e sangue escorrendo de seu crânio aberto. Cheng tirou a camisa do reaper morto do outro lado e apagou as chamas do javali, mas durante alguns segundos ela nada disse.

O primeiro animal que viam. O primeiro humano (humano?) que viam. Ambos mortos; mortos por eles. Uma contribuição

– Amarre o javali e o deitem sobre o pano. Vamos leva-lo para o acampamento. – Seu olhar fitava a montanha que estava mais alguns bons metros à frente. – Você está bem? – Kalista perguntou à menina que havia sido arremessada pelo reaper. Fosse qual fosse sua resposta a expressão preocupada no rosto da pequena não se alteraria. Preocupação que não era apenas por conta daquele ataque. – Vamos seguir em frente um pouco mais. Caso as coisas piorem nós teremos que voltar até a Exodus.

Cheng terminou a fala com um suspiro. Limpou o canivete em seu grosso casaco de couro, apenas para depois o retirar. A garota possuía músculos bem definidos, e pequenas cicatrizes podiam-se ser vistas em suas costas, além de uma grande no braço. Tais como as cicatrizes de corte haviam cicatrizes de queimadura, causadas por armas de choque. Mas, ali em toda a sua costas havia algo que nenhuma outra pessoa da arca possuía, algo que nenhum deles sonharia com, pelo menos não quando vivendo na Arca: uma tatuagem. Através da blusa branca surrada eles podiam ver somente traços aleatórios, caso observassem com mais cuidado veriam uma imagem de uma serpente, um dragão na realidade, poucos conheciam sobre lendas antigas como as dos dragões, porém.

Ela amarrou o casaco na cintura e prendeu o cabelo com um elástico que trazia no pulso. Em seu pescoço havia um pequeno corte avermelhado recém-feito.

– Vamos. – Com firmeza ela retomou seus passos para o caminho até Mount Weather, parando somente para esperar que Lukas fosse para seu lado para que assim indicasse o caminho pelo mapa.

( 七 )

Um grande rio surgiu à frente deles. Não havia pontes, e quando um dos jovens lançou uma pedrinha dentro da água eles notaram que não era tão fundo. Para eles não, mas sim para Kalista, afinal, a garota possuía um metro e meio, literalmente.

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Mensagem por Endora Foxx Seg Dez 08, 2014 1:17 am


I'm coming down

Me permiti parar para respirar depois de, incansavelmente, colher madeiras e cipós na parte da floresta que circundava nosso precário acampamento. Com Connor, estar ali não era ruim; pelo contrário, era mais do que esperávamos. Realmente, a Arca estava precisando reestudar a Terra.

Esse pensamento que com certeza não pertencia somente a mim se fez certo quando todos os presentes na redondeza da nave puderam escutar um feroz rugido. Imediatamente eu me endireitei, buscando o animal que se pronunciou. Ao vê-lo, senti um arrepio percorrer meu corpo todo.

— Connor... — trouxe meu amigo de volta a Terra outra vez. Talvez estivesse paralisado de medo, dada a expressão em seu rosto. — Vá para a Exodus com cuidado. — sabia que ele não seria capaz de enfrentar uma criatura daquelas - talvez nem eu -, mas a maioria dos jovens não se dispôs para lutar, e por isso o fiz.

Depois de intercalar o olhar entre Nathan e o espécime de puma, foquei-me no segundo, já que era a ameaça. Do ponto em que estava, investir contra o animal seria rumar para a morte, portanto não faria deste modo.

Rapidamente olhei ao meu redor. Precisava de uma arma. Então agachei sutilmente na diagonal e apanhei um pedaço mediano de ferro e uma pedra de tamanho semelhante ao de um tijolo quase inteiro, ambos numa pilha que provavelmente seria usada para a construção do muro.

Não saberia definir o meu estado emocional. Ao mesmo tempo em que tentava aceitar a iminente morte, sabia que era um imenso erro fazer isso, mas sim positiva e mentalmente dizer que esse seria o primeiro desafio a ser enfrentado em nossa nova casa. Pensamentos infeliz, desestimulantes e desinspirados foram filtrados para o lixo de minha mente.

Apresentei-me para o trabalho em seguida, saindo da antiga posição em que estava - levemente escondida atrás de algumas barracas, próxima do muro. Dali, olhando Nathan, o via alguns metros para frente, e por alguns segundos eu não teria dado de cara com a criatura ao sair do meu esconderijo.

Com a falsa lança numa mão e a pedra em outra, aproveitei a investida de outros três adolescentes para atacar. Ao passo em que tentavam simplesmente estocar a parte traseira da besta, eu arrisquei perfurá-la num ponto próximo ao seu ânus. Isso se nossa aproximação tivesse sido bem feita. Do contrário, eu estava preparada para dar uma pedrada na cara de um animal gigante.

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Mensagem por Mats Ästelo Seg Dez 08, 2014 5:44 am


não se desespere!, se eu desaparecer

a gente tem que dar um tempo, deixar tudo em seu tempo



    † P2;
    † Nathan Winterfield, The 100;

DEZEMBRO, 1.
Mats estava quase conseguindo convencer uma garota de que ela subir na escada primeiro era melhor, pois com certeza ela seria melhor do que ele para fazer um nó. Acontece que, subitamente, uma sombra muito grande apareceu. A menina deu um gritinho de princesa indefesa e se jogou nos braços de Ästelo, que a segurou meio sem jeito porque estava com os olhos vidrados no chão.

Soltando-a no chão - com algum cuidado, ainda que não tivesse-a sentado delicadamente -, ele entrou em modo de análise.

A fera possui menos do que um metro e meio de altura por dois e meio de comprimento, observou o jovem, abaixando e permanecendo parado, por não querer ser descoberto pelo bichano. Seis patas, chifres, pelos avermelhados, caninos superiores desenvolvidos. É um felino.

Alguém ao longe confirmou sua tese, ao gritar de que parecia um puma. O único problema, Mats lembrou-se, é que felinos - incluindo pumas - não tinham seis patas.

O animal lançou-se sobre um rapaz e mordeu-lhe o pescoço, arrancando parte da garganta do moço fora. Arregalando os olhos, ele desviou o foco para a coisa que mais lhe chamava a atenção. Não era a monstruosidade em si, muito menos Nathan, mas sim algo que passaria despercebido à maioria dos presentes: a pata do puma.

Roubando um papel da menina próxima de si, furtivamente se aproximou do local onde o animal estivera há pouco, tomando cuidado de se aproximar por trás, para não chamar muita atenção. Ele colocou o papel no decalque da pata e jogou um pouco de terra sobre, salientando alguns detalhes com os dedos. Assim que o desenho improvisado ficara pronto, assoprou o excesso e o guardou num dos bolsos da jaqueta de aviador, erguendo-se.

Havia um animal maligno próximo a si. Nathan gritava ordens expressas para todos se defenderem. Alguns já armavam lanças improvisadas. Ao seu redor, um cheiro de sangue inundava o ar. O solo abaixo do atacado começava a se tingir de um vermelho forte. Quase conseguia sentir o gosto de ferro.

E, mesmo assim, Mats só pensou numa coisa: preciso de um caderno para os arquivos da Terra. Então, concluiu que aquele planeta era sensacional.

Foi mais ou menos nesse momento que jogaram-lhe uma ponta de um tipo de fio de aço, despertando-o de seus devaneios. Ligeiramente assustado, sua primeira reação foi desviar, mas então pediram-lhe silêncio com aquele típico sinal, usando o indicador sobre os lábios. Mats obedeceu e segurou a ponta da corda, testando-a. Era resistente e áspera, e dobrava-se com certa facilidade, mas era necessário um certo jeito para fazê-lo.

A pessoa que lhe dera a corda apontou para as próprias pernas e, então, para o animal. Prendê-lo!, o rastreador imaginou, o que lhe agradava. Aquele era um espécime raríssimo, que mereceria algum estudo. Particularmente, se interessara por um daqueles dentes.

Eles esticaram o cordame, Mats puxando de um lado, seu mais novo companheiro puxando do outro. Deveria servir. Inclinando a cabeça, ele indicou uma posição melhor, que estava na trajetória do bicho.

Assim que Nathan começou a correr, Mats e seu amigo mantiveram o fio no chão. Pelo percurso que o líder do acampamento tomava, ele logo deveria passar sobre a corda, o que significava que o puma também. Nesse momento, levantando-se um pouco para deixar a corda mais alta, seria só tensionar o aço até que ele derrubasse ou ao menos desestabilizasse o puma, prendendo suas pernas.

Esse fora a estratégia que silenciosamente combinara com o outro, numa troca de olhares intensa, com alguns gestos ocasionais.

Daria tudo certo.

E, se não desse, que o puma achasse o amiguinho mais apetitoso do que eu, desejou.

Um por todos, e todos por mim.

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A Viagem – RP Oficial (Os 100) - Página 2 Empty Re: A Viagem – RP Oficial (Os 100)

Mensagem por Fred K. Morssen Seg Dez 08, 2014 1:55 pm

DOGS AND BITCHES

NOTES

QUERO MEU TANG


Os gritos distraíram-me e levaram-me a presa. Um rugido significava perigo. E os gritos humanos só foram reforçar essa ideia. Deixei o porco de lado, a sobrevivência da raça humana necessitava de mais forças. Somos adolescentes. Não enviaram nem um adulto com armas para este lugar. Do que é que eles estavam à espera, de milagres?

Corri rapidamente entre a vegetação, seguindo os gritos de fúria que alguns praticavam. Eu tinha que raciocinar. Estavam a ser atacados por um animal, certamente seria uma criatura hostil. Eu tinha que me lembrar do que o meu pai me ensinara. Tinha que analisar a situação. Parei de correr e olhei para o céu. Um ponto alto, um ponto de vigia. Algo que me desse utilidade. Eu tinha uma boa mira, poderia ajudá-los de cima. Se fosse frente a frente com a besta, seria um caso perdido. Possuía um pedaço de metal pontiagudo num dos lados. Teria que servir. - Pensa, Fred. Pensa. - Tinha poucas alternativas. Ou continuava a correr e subia para o Exodus. Ou então teria que escalar uma árvore, a mais próxima do acampamento, o que me podia deixar em segurança. No entanto, tudo tem as suas desvantagens. Se estivesse numa árvore e falhasse, não podia mover-me. Estaria a arriscar a minha vida. Já em cima do Exodus, conseguiria esconder-me. Mas teria que passar por cima do animal e pelos muros para lá chegar. Estava perdido.

As minhas mãos rasgavam-se, assim como a sua pele. O sangue escorria enquanto os meus dentes apertavam a "lança" de metal. Escalar uma árvore não era fácil. Eu nunca fui um rapaz com muita força, mas tinha destreza suficiente para conseguir alcançar ramos altos. É claro que, no entanto, tinha que rasgar as canelas e os punhos para o conseguir. O meu rosto estava sujo, o sangue vermelho-vivo escorria e deixava rastos no tronco, mas não demorou muito tempo até que os meus olhos vissem o que se passava. Era um puma; ou o que parecia ser. "Uma mutação", pensei eu. "Não é nada mais do que uma mutação. Continua a ter pontos fracos. Sinais vitais." Resumi, enquanto via o pânico em geral. O "líder", Nathan, estava a lidar com a situação como podia. Em sua ajuda, alguns adolescentes tentavam acabar com o puma em investidas. E depois, o mesmo rapaz que me tinha informado do porco estava a preparar uma armadilha.

Era impossível lançar o pedaço de metal contra o puma em duas ocasiões: rodeado por adolescentes, ou em movimento. Tinha que esperar que a armadilha de Nathan e Mats desse certo, para poder agir. Preparei o braço e apertei o pedaço de metal firmemente. O animal investia contra Nathan na direção da armadilha. Quando Nathan passou, eles ergueram o fio para que o animal tombasse no chão. Era agora ou nunca. Mirei no corpo do animal. O ponto de mira era por baixo da quarta pata, onde estaria o pulmão. Se a lança rasgasse a pele e procurasse perfurar a carne, iria afetar o tecido do pulmão do animal. Ele podia ser uma mutação, mas precisava de respirar na mesma. Então, investi com a mão para o alto e larguei a "lança" na direção do ponto da mira. O pedaço voou, caindo com velocidade do alto. Eu esperava encontrar sangue.
 
TH
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Mensagem por Carnation Vërr-Triesgard Seg Dez 08, 2014 4:41 pm

We are the warriors that built this town from dust


THE “F” DAY
Dropship Exodus | December 1st | Earth


Jinx já começava a desparafusar a pulseira que havia tirado, porém quando chegava próximo de tirar o último pequeno parafuso, alguém falou com ela. Primeiro ela achou estranho alguém vir falar com ela, ninguém o fazia; os sensatos ao menos não. Mas, ali estava uma pessoa que não parecia possuir senso algum. A garota fitou-o enquanto ele falava, palavras “bonitas”, mas que não significavam tanto assim para ela. Outro rapaz chegou ali, com palavras tão “especiais” quanto o primeiro.

Jinx voltou a atenção para o parafuso enquanto o respondia.

— Pregos e parafusos são bem diferentes. — Começou a dizer enquanto girava a chave na sua mão pacientemente. — Um deles pode ser colocado e retirado com facilidade. O outro, porém, se faz necessário a força, tanto para o colocar quanto para o tirar. — Carnation separou o última parafuso em uma pilha com os demais. Continuou com seu olhar na pulseira enquanto retornava a falar. — Quando um parafuso é retirado ele sai intacto, perfeito. Quando se tira um prego, porém, ele costuma sair defeituoso, alguns até mesmo destroem o local onde estavam caso não sejam retirados direitos.

Por dentro a pulseira era um ninho de fios e itens que aos olhos comuns não significariam nada, mas para aqueles que entendiam de mecânica tanto quanto ela o amontoado fazia mais sentido que a própria Terra.

— Depois de retirados, os parafusos são guardados para um próximo evento. Os pregos são jogados fora. — Os olhos claros da garota voltaram-se para o rapaz que havia falado com ela primeiro. — Eu, garoto, sou um prego, assim como a maioria das pessoas daqui. Seja como for, não tenho mais utilidade para as pessoas da Arca, e não terei posteriormente. O que você é?

Jinx não esperou uma resposta do outro, apenas pegou as peças separadas e colocou no bolso de seu casaco, levantou-se do chão e caminhou até a escada da Exodus em direção ao segundo andar, passando pelo garoto que escorava-se na parede e o outro que mais cedo apresentara-se como Nathan, o “líder”.

No meio de sua subida Jinx ouviu o rugido. Com uma careta para si mesmo ela repreendeu-se pela curiosidade enquanto descia da escada em um pulo. Estava na Terra, tudo era novidade, tudo era especial e diferente, e por pior que um rugido e gritos de pavor eram ela fez o contrário do que a maioria estava fazendo: ela correu para o lado de fora.

O dono do rugido era um felino enorme de pelagem avermelhada, olhos amarelos, seis patas, chifres e dentes afiados. Ela não lembrava-se de ter visto um animal assim nos arquivos da Arca ou em qualquer lugar. O que exatamente era aquela coisa? Bom, um amor é que ela não era, já que no momento seguinte estava estraçalhando o pescoço de um dos 100. Ótimo... Agora somos 99., pensou ironicamente.

Os outros começavam a agir. O líder, distraía o animal, enquanto outros o tentavam atacar. Muito bem...

Jinx correu para fora pegando dois pedaços de madeira. A pulseira estava segura no outro bolso do casaco. Havia pequenos focos de chamas espalhados ao redor da Exodus, menores agora já que a maioria havia sido apagada pelos 100 que começaram a fazer a barreira ao redor da nave. Jinx deixou que a madeira em suas mãos pegassem fogo. Não eram tão secas ao ponto de queimar em um segundo, mas ela não arriscaria ficar muito tempo ali segurando os objetos.

A garota correu de volta para a direção do puma, atirando uma das madeiras na direção do animal. Bom, ele era um animal, certo? Fogo não era a melhor coisa para ele, provavelmente teria mais medo do fogo do que de pequenos adolescentes ao seu redor. Ela esperava ao menos.

A segunda “tocha” ainda estava em sua mão e ela a balançava de um lado para o outro, enquanto abaixava-se para pegar um pedaço de ferro. Se o animal se irritasse com as chamas ao invés de teme-las, ela deveria ao menos ter um plano B. Ainda não tinha, mas pensaria em um... Esperava que sim. Ou ao menos que outros pregos e parafusos tivessem um plano realmente.

NÃO REVISEI, SORRY

as a child, you would wait and watch from far away



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Mensagem por Lukas Allen Ter Dez 09, 2014 3:13 pm


Safe ❖
Can I please come down? 'Cause I'm tired of drifting round and round.



{UM} Machine

Allen teve êxito em sua tentativa de acertar o homem estranho com a garrafa de álcool. Não foi um feito importante ou grandioso, mas serviu como uma leve distração — além de enfurecer a criatura. Kalista partiu para o ataque, com toda a imponência de seu 1,50 m e — Allen percebera — ela lutava incrivelmente bem. Não aparentava temer o inimigo que tinha quase o dobro do seu tamanho. Era como uma máquina de luta e sua pequena estatura apenas a deixava mais ágil e mortífera.

— Pegue a corda — gritou Kalista para Allen. O garoto se moveu com surpreendente precisão e acatou a ordem.

Em seguida, tudo aconteceu muito rápido. A pequena garota de olhos puxados, também conhecida como Kalista Cheng, realizou uma sequência de golpes e finalizou o ataque cortando o pescoço do inimigo. Aquele homem morreria em poucos segundos, por causa da hemorragia.

Allen olhou para o outro lado a tempo de ver os outros três jovens atearem fogo ao animal azulado. Kalista foi até a criatura — que rodava de um lado a outro, talvez tentando acabar com o fogo — e a atingiu com quatro golpes na cabeça. Em seguida, pegou a camisa do homem morto e apagou as chamas do corpo do javali, mantendo silêncio por alguns instantes.

Allen tentou repassar mentalmente todos os acontecimentos das últimas horas. Em menos de um dia, havia corrido mais perigo que em toda a sua vida. Um pensamento sempre se aproximava de sua mente: Não estamos sozinhos. Há outras pessoas na Terra. Mas ele sempre o afastava tão logo aparecia. Ele estava preocupado e mais alerta, todos pareciam estar, mas tinham que lidar com uma coisa de cada vez ou não conseguiriam fazer o que era preciso.

— Amarre o javali e o deitem sobre o pano. Vamos leva-lo para o acampamento — falou Kalista, olhando para algum ponto mais à frente. Allen deu a corda para um dos garotos, para que este cumprisse a ordem. — Você está bem? — perguntou Kalista à menina que havia sido arremessada pelo homem selvagem. — Vamos seguir em frente um pouco mais. Caso as coisas piorem nós teremos que voltar até a Exodus. — Finalizou a líder, suspirando.

E podem mesmo piorar, agora que sabemos da existência de outros seres, pensou Allen. Ele esperou enquanto Kalista se aprontava e depois se juntou à ela, mostrando o caminho no mapa pelo qual deveriam seguir. Não guardou o mapa em seu bolso novamente, mas o entregou à líder.

Viu que duas pessoas já estavam carregando o javali, então não se incomodou em oferecer ajuda.

{DOIS} River

Os jovens encontraram um rio depois de caminharem por um tempo. Allen olhou em volta e notou que não havia pontes e aparentemente o único meio de atravessá-lo seria passando por dentro. Pegou uma pedra e a jogou no rio, percebendo com a experiência que não era tão fundo. Talvez seria um pequeno problema para Kalista e outra garota da equipe, que eram baixinhas, mas Allen decidiu não falar isso em voz alta.

— Eu adoraria pular dentro desse rio, refrescar e lavar a sujeira, é até tentador... — falou Allen, baixo, quase como se estivesse falando sozinho. — Mas não creio que seja seguro. Não conhecemos essas águas, não sabemos o que ela abriga. Se quiserem atravessá-lo, boa sorte, mas eu não vou. Não se eu tiver que entrar lá.

post: 04 humor: aliviado companion: equipe de busca

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Mensagem por Graham C. Greyback Qua Dez 10, 2014 10:09 pm




Redemption
We fight for ourselves...

A
s chamas envolveram o javali, consumindo o animal e tomando toda a minha atenção. A bola de carne em chamas que corria de um lado para o outro, quando Kalista surgiu em meu campo de visão. Com alguns rápidos movimentos, ela conseguiu por um fim ao sofrimento do animal. Voltei meu olhar para o local onde, antes, o humano lutava contra os outros integrantes daquele grupo. Agora, seu corpo encontrava-se largado sobre a terra. De onde veio? Como pode ter sobrevivido à radiação?

— Amarre o javali e o deitem sobre o pano. Vamos leva-lo para o acampamento. — disse a garota, me fazendo esquecer as perguntas. O fogo havia sido apagado. Boa parte do animal ainda parecia aproveitável. O resto era apenas carne queimada. Lentamente, aproximei-me do corpo, ajudando a colocá-lo sobre a vestimenta que antes cobria o humano desconhecido. — Vamos seguir em frente um pouco mais. Caso as coisas piorem nós teremos que voltar até a Exodus.

Quando os outros recuaram frente à tarefa de carregar o javali, acabei aceitando-a. Depois de guardar a caixa de fósforos na mochila e colocar o pedaço de madeira junto à carne de javali, agarrei a ponta da corda, ajudando a carregar o animal. Durante nossa caminhada, meus olhos se mantinham fixos no chão. O caminho que seguíamos poderia denunciar a presença de outros animais como o javali e o humanoide. Vez ou outra, meu olhar deslizava até as crianças que seguiam à minha frente. Com certa facilidade, dominaram duas criaturas selvagens. Agora, pareciam quase tão ameaçadoras quanto a garota de olhos puxados.

×××


Seguimos o caminho indicado no mapa por algum tempo, até que o rio surgiu. A quantidade de água que seguia o curso me fez sorrir. Na Arca, o racionamento era severo. Nunca, em toda a minha curta vida, havia visto tanta água. No momento, o rio se apresentava como um problema. Um dos garotos se manifestou. Argumentava para que não atravessássemos o rio.

— Ele está certo. — comecei, deixando o javali e me aproximando. — Veja bem, todo ecossistema tem seus predadores. — apontei para o javali, apresentando-o como exemplo. — Matar o javali foi fácil. Na água, nos tornaremos ainda mais vulneráveis. — sentia as palavras fluírem. As lembranças de meu pai se tornaram ainda mais vívidas. — Também não vai ser fácil levar um javali de mais de 100 quilos contra a correnteza.

Meus dedos se entrelaçaram. Sentia-os levemente doloridos. Uma consequência de carregar a criatura. Comecei a me aproximar da margem, enquanto os outros discutiam sobre o que deveríamos fazer. Minhas mãos tocaram a água. Um alívio momentâneo tomou conta de mim. Finalmente, conseguia aproveitar um pouco das vantagens estar na Terra.

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